QUEM ME SEGUE

SEJA BEM-VINDO AO MEU BLOG

"O Senhor te abençoe e te guarde,
O Senhor sobre ti levante o seu rosto ...
e te dê a Paz."

Poesias Evangélicas

Soneto

Frei António das Chagas (Portugal 1631-1682)

Deus pede hoje estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas como dar, sem tempo, tanta conta
Eu que gastei sem conta tanto tempo?
 
Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta.
Não quis, tendo tempo, fazer conta.
Hoje quero fazer conta e não há tempo.
 
Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo em fazer conta.
 
Pois aqueles que sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, se não der tempo.



"Era uma vez um rei..."
de Myrtes Mathias

"Era uma vez um rei..."
assim começam as estórias,
e esta é uma bonita estória,
a sublime estória de um amor de pai.

- Era uma vez um rei
de reino maravilhoso, palácio soberbo e leis justas.
O rei amava seu reino, seu exército, seu povo.
Mas seu grande amor era o filho:
Um belo príncipe que nascera para reinar,
                   que nascera para ser feliz.
O jovem príncipe tinha um pai amoroso, um reino,
                   um trono...
Trocou tudo por uma aventura,
por uma longa viagem sem desatino.
Partiu, andou, andou...
Esqueceu-se de que era nobre,
errou, degradou-se, perdeu-se.
Envergonhado e triste, não quis voltar;
descia sempre, como um bola de neve.
O velho rei sofria:
quis esquecer o príncipe, mas era seu filho, 
desprezá-lo, ma era rei.
Escreveu-lhe, então, uma carta.
Uma longa carta de promessa e perdão,
de amor e convite.
Falou do reino abandonado,
        das esperanças desfeitas,
        de sua angústia de pai esquecido.
- Volta! não era um convite, era um soluço;
        não era um rei que ordenava, era um pais que
        pedia.
O príncipe chorou.
Chorou sua ingratidão, a imensidade de sua loucura,
o seu tempo pedido, sua mocidade desfeita,
seu coração que fora puro.
E sentiu saudade.
Incontrolável saudade de um pai justo,
de um amor desinteressado, de um nome sem mancha.
Não respondeu à carta
- era bela demais para ser respondida.
Voltou, simplesmente, como uma criança arrependida,
como uma planta que renasce.
A carta foi guardada como lembrança e como símbolo:
carta que fora um elo atravessando o abismo,
mão estendida, perdão em forma de papel...

Assim o homem:
era mais que um príncipe, era um deus,
porque à semelhança de Deus foi feito,
Ganhou o Éden: árvores, flores, estrelas, o universo...
Segurança, amor, paz.

Tola e inconsequentemente, abandonou tudo:
trocou um trono por uma fruta,
um reino por uma aventura,
um paraíso por uma voz de mulher.
Corrompeu-se, degradou-se, perdeu-se e fugiu.
Fugiu de sua própria vergonha,
da Santidade que o formara.
Desceu.
Desceu até esquecer de onde viera,
a saudade do que perdera adormeceu em seu coração.
Olvidou sua origem divina,
sua vida num paraíso,
sua felicidade num Éden.
Mas Deus, que o formara, não o esqueceu.
Escreveu uma carta,
uma longa carta de promessas e lembranças:
recordava o reino abandonado,
as honras esquecidas,
a primogenitura trocada por um prato de lentilhas.
Havia um convite e uma promessa de perdão:
"Dos teus pecados não Me lembrarei".

A carta atravessou séculos,
esteve em tabernáculos, em templos, em túmulos.
Atravessou desertos, rios, continentes.

Foi copiada, traduzida, queimada.
Tentaram destruí-la, mas era divina,
fazê-la desaparecer, mas tinha uma missão a cumprir.
Para os que a leram e aceitaram
a porta do Éden foi aberta.
A carta está diante de ti.
Narrando, convidando, insistindo.
Leia-a:
"Filho meu, não te esqueças da Minha lei"...
"Lembra-te do teu Criador"...
Pensa no seu objetivo santo,
na sua mensagem de urgência,
na sua severa e amorosa advertência,
no seu recado de Pai.

Há um "Post Scriptum" para cada um.
Ao acusado:
           "Nem eu te condeno".
Ao ignorante:
           "Vinde, aprendei de Mim".
Ao triste:
           "Vinde, cansados e oprimidos".
Ao moribundo:
            "Ainda que esteja morto, viverá".
Ao perdido:
           "A tua fé te salvou".

Só um Pai amaria assim,
só um Deus a escreveria.
É preciso que a leias,
é imprescindível que a aceites.
Lembra-te do paraíso que perdeste,
do Éden que desprezaste,
da tua primogenitura.

Pensa na tua responsabilidade:
esta Carta não pede resposta,
exige uma resolução.
Lê, medita, aceita e volta.
Bíblia Sagrada - Livro paradoxal!
Oferecido a todos,
examinado por muitos,
aceito por alguns,
escondido no coração daquele que crê.

Bíblia Sagrada,
     Recado de Deus,
         Carta de Pai!

 
Jesus Entre as Crianças
Pe. Antônio Tomás (1868 – 1941)


Amo-Te, ó Cristo, ao ver as Madalenas
humildes, curvas aos teus pés, chorosas;
louvo-te ao ver as vagas procelosas
te obedecerem, calmas e serenas.
Eu admiro-te, pasmo, quando ordenas
às legiões satânicas, raivosas;
das turbas que a ti correm pressurosas,
eu te bendigo, consolando as penas;
Venero-te fazendo tantas curas,
e arrebatando a presa às sepulturas
com simples gesto destas mãos divinas.
Enfim te adoro ao ver-te agasalhando,
Sobre os joelhos, o formoso bando
destas cabeças louras, pequeninas.


Os Campos estão Brancos para a Ceifa
Autor: Eliézer Pereira de Barros

Extraído do Florilégio Cristão

1 — Brancos...

2 — Brancos...
3 — Brancos...
TODOS — OS CAMPOS ESTÃO BRANCOS PARA A CEIFA!

2 — Os campos estão brancos para a ceifa...
4 — Disse Jesus:
TODOS — "Levantai os vossos olhos e vede..."
3 — Aqui...
5 — Ali...
2 — Acolá...
4 — Gente... e mais gente...
1 — Todos sem Cristo.
2 — "Levantai os vossos olhos e vede..."
TODOS — Multidões desejosas de se encontrar com o Salvador.
2  — Há sempre, em cada lugar...
5 — Um campo branco para a ceifa.
3 — Há sempre uma pessoa...
4 — Duas...
3 — Três...
1 — Quatro e mais,
TODOS — Que estão prontas a aceitar a Cristo. 

4 — Campos... 
5 — Campos...
3 — Campos brancos e mais campos brancos há por toda parte...
1 — Levantai os vossos olhos e vede a Bolívia...
2 — E o Paraguai...
4 — Além mar, o velho Portugal...
TODOS — A todos levai o pendão real. . .
5 — Do Canadá ao poético Uruguai. . .
3 — Fazei Cristo conhecido.. .
2 — O Cristo sem igual.
3 — Os campos. . .
4 — Os campos. ..
5 — Os campos. ..
3 — O campo é somente a minha terra. . .

5 e 4 — O campo é somente o meu país. . .
3 e 1 — O campo é somente o meu Estado. ..
TODOS — O Campo é somente a minha Igreja. ..
3 — LIMITADOS!
2 — Fracos!
4
Fracassados
1 — SABEIS O QUE DISSE O MESTRE?
TODOS — "O CAMPO É O MUNDO"... O MUNDO É O CAMPO,

2 — O Mundo é o campo da igreja local. ..
3 — Uma igreja somente. ..
5 — Sozinha. . .
1 — Grande, média ou pequena... 

2 — Pouco ou bem pouco poderia fazer. .. 
1 — Mas todas as igrejas juntas.. . 
3 — Juntinhas... 
4 — Muito podem fazer. 
TODOS — A união faz a força. .. 
2 — Diz a sabedoria popular.
1 — Eu tenho força... Tu tens força... Ele tem força. .. 

TODOS — Nós temos força...
4 — Todo os brasileiros, compreendendo o poder da união, 

5 — Uniram-se, 
3 — Igrejas do Sul. .. 
2 — Do Norte. .. 
3 — Do Centro...
TODOS — Todas. . .
1 — E organizaram as Juntas de Missões. . .
4 — Nacionais (só no Brasil).
5 — Mundiais.. . fora do Brasil, todo o mundo...
1 — MISSÕES. .. campos brancos para a ceifa. ..
2 — Campos brancos para a ceifa. . .
5 e 3 — MISSÕES. ..
TODOS — MISSÕES — ORGANIZAÇÃO — CORAÇÃO DE UM POVO UNIDO PARA A CONQUISTA DE ALMAS — PARA CRISTO — ALÉM DOS LIMITES DA IGREJA. . .
1 — Da igreja local...
4 — Missões estaduais...
3 — Missões Municipais
TODOS — MISSÕES...
2 — Ordem de Jesus.
1 — E quem vai aos campos. .. ceifar?
 

TODOS CANTAM — "Oh! onde os obreiros pra trabalhar
Nos campos tão vastos a lourejar?
A causa requer prontidão, vigor.
Oh! quem quer ceifar com desvelo e ardor?"


2 — Quem vai ceifar?
1 — Somente UM?
2
TODOS. . . TODOS DEVEMOS IR. . .
TODOS — AOS CAMPOS BRANCOS PARA A CEIFA!