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O Senhor sobre ti levante o seu rosto ...
e te dê a Paz."

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Eu me rendo

Eu me rendo aos teus pés
Porque o Teu sacrifício
foi a maior demonstração
de amor por mim.

Eu me rendo aos teus pés,
Pois não há outro Deus como Tu,
Que já me amava,
antes que eu existisse.
Isso mesmo,
antes da fundação do mundo.

Então me rendo aos teus pés,
Pois tu me conheces por dentro,
Tu sabes os meus pensamentos,
Me rendo, me prostro aos teus pés.

Em: 25/5/2014

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O GAROTINHO PERDIDO

Myrtes Mathias

A primeira interrogação foi a de todos os dias:
- Joãozinho...
Joãozinho está aí?
Mas Joãozinho não estava na casa ao lado,
Nem na outra,
Nem na outra.
Panelas foram esquecidas ao fogo,
O pai chegou, pensou em palmadas
E não voltou para o trabalho.
A vizinhança toda saiu à rua,
O telefone começou a tocar
Para todos os lugares possíveis
E impossíveis de ser encontrado
O pequeno fugitivo.
A rua transforma-se em palco
De medo e angustia,
Um sabor de tragédia pairando no ar.
Tudo porque um pedacinho de gente,
De rosto sardento
E short quadriculado
Encontrara o portão aberto
E resolvera conhecer o mundo.

Onde o teria levado
Sua pequena cabeça de cinco anos?
Talvez nem se lembre de que há horas
Mamãe e papai só sabem chorar e repetir:
- Onde estás filhinho?
Onde estás?...

E, no meio do desespero,
Uma inspiração atravessa a mente
Do pai aflito.
Quase sem folego, chega à delegacia:
- Seu guarda, por acaso...
Mas nem termina a frase,
Sobre o banco,
Sinal de lágrimas no rostinho sujo,
Está o pequeno fugitivo.
Ele nem pensa em palmadas
Quando se curva para toma-lo nos braços,
Apenas na alma um gosto do céu,
De tesouro encontrado.

A criança abre os olhos,
Murmura “papai”
E aninha no ombro paterno a cabecinha,
Para dormir melhor.

É assim no céu desde o princípio,
Desde quando o homem se perdeu;
-Onde estás meu filho? O Pai procurando
E Jesus com a vida convidando:
- Volta; fugitivo, o céu ainda é teu.

Talvez estejas irreconhecível,
Filho ingrato que o mundo quis levar,
Mas o Pai pelo nome conhece,
Perdoa tua culpa, todo mal esquece
Pela alegria de te encontrar.

Por que insistes na tola vaidade,
Preso a uma estrela de tão falso brilho?
Como podes fugir, indiferente,
Tendo um Pai que chama docemente:
-Onde está, Meu filho?
Onde estás, Meu filho?